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Depois de um tempo parado para se redescobrir e reinventar, o Coletivo Negro Braima Mané volta com a VII Calourada Preta “Práticas e Epistemologias De(s)coloniais” com inicio no dia 16 de novembro de 2018. Mas o que significa descolonizar nossos conhecimentos, nossa ciência e o que fazemos com isso?
Na luta pelo povo preto precisamos superar diversos obstáculos e um deles é o racismo epistêmico. Ele é aquela parte da estrutura racista que não reconhece os espaços da cultura negra (terreiros, rodas de capoeira, etc) como produtores de conhecimento, pensamento crítico ou científico, que nega nossa capacidade intelectual e deslegitima tudo que não seja fruto do pensamento branco europeu. E aí é que entra o esforço da descolonização.
A decolonialidade é uma perspectiva pautada no pensamento crítico às tendências e produções dominantes eurocêntricas e, para além disso, a produção de um projeto teórico próprio, que diz dos pensares e fazeres dos povos subalternizados pelo processo colonial e capitalista - que é político, econômico e cultural. Para produzirmos conhecimento que nos liberte das diversas formas de dominação, precisamos olhar criticamente para as “verdades universais” do eurocentrismo que não abrange nossa vivência e saber - e resgatar as teorias e histórias silenciadas por séculos. Assim, conseguiremos enxergar um horizonte para além da compreensão colonial do mundo e de nós mesmas/os.
Por isso, essa edição se trata da necessidade de resgatar saberes e práticas, descolonizar e denegrir todos os espaços de produção de conhecimento, em especial a Universidade. Sendo assim, convidamos todas as pessoas para se repensarem e redescobrirem coletivamente!
Fontes: Página oficial do Coletivo Negro Braima Mane
